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Tempo de leitura: 4 minutos

Como equilibrar o trabalho remoto com a vida pessoal? – ITalks

Os tempos de pandemia estão a trazer novos hábitos e ensinamentos na vida das pessoas, sobretudo quando esta começa a decorrer cada vez mais dentro das quatro paredes de nossas casas. Ao mesmo tempo, há mais tempo para fazer coisas acontecer na nossa vida pessoal, mas o trabalho em muitos setores não parou e, em ambiente digital, surpreendeu pessoas e empresas – levando a uma maior necessidade de comunicar e cumprir objetivos.

Assim, se já começaste a trabalhar em IT ou fizeste um estágio profissional, começas a perceber que cresce a necessidade de responder ao “como equilibrar o trabalho remoto com a vida pessoal?”, pergunta que foi tema da terceira edição das Live ITalks. Em direto na conta oficial de Instagram da Xpand IT tivemos a participação de Paula Braz, Head of Marketing, e Marta Alegria, Talent Engagement Manager.

Os desafios de iniciar um trabalho remoto

No arranque desta conversa, Paula Braz realçou que “se antes a cultura (de trabalho) era importante, com o digital tornou-se cada vez mais”. Aí, Marta Alegria destaca a importância do processo de onboarding de colaboradores que chegam à Xpand IT porque “todo o tipo de boas práticas” em ambiente físico (como visitar o escritório, entrevistas pessoais, conhecer as equipas) tiveram de ser adotadas para a realidade virtual e estão a ser um sucesso – em 2020, a Xpand IT recrutou mais de 100 pessoas em ambiente virtual e em 2021 já ultrapassou os 50 novos colaboradores contratados.

Mais do que um primeiro dia de trabalho marcante e sempre importante para a carreira das pessoas, há “um esforço acrescido no processo de ‘namoro’ entre empresa e colaborador, onde não pode haver tempos mortos porque queremos dar as ferramentas colaborativas e proporcionar um acompanhamento regular”, referiu a nossa Talent Engagement Manager.

Paula Braz deu o exemplo da equipa de Marketing da Xpand IT, que tem “várias realidades: de quem veio do modelo tradicional de trabalho para o remote e quem já trabalha connosco num ambiente totalmente digital”. “As dailys (reuniões diárias que fazem parte da nossa metodologia) foi que procurámos logo implementar no início do trabalho remoto para não perder a ligação que havia entre nós. Aos poucos, vamos amadurecendo como equipa e ganhando autonomia. Cada um já tem as suas próprias dinâmicas ou ferramentas e já temos reuniões dia sim e dia não”, descreveu a nossa Head of Marketing. E, por falar em reuniões, é aqui que surgem alguns problemas que se vive atualmente com o teletrabalho.

Trabalho remoto: um processo de adaptação, com as suas vantagens e dificuldades

Antes desta nova e acelerada realidade, a nossa casa não era um espaço de trabalho. Agora, é neste lugar que é necessário manter o foco e a produtividade, independentemente da área em que estejamos a trabalhar. No entanto, e como dizem as convidadas desta conversa, a necessidade de estar em contato permanece e aumentou devido às distâncias. “As horas de trabalho não podem ser só reuniões e a tecnologia tem várias ferramentas que nos podem ajudar”, alertam Paula Braz e Marta Alegria.

Tendo isto em conta, teve de “surgir uma mudança de hábitos” que leva o seu tempo numa grande empresa e com colaboradores vindos de várias realidades – dos que vivem sozinhos ou que vivem acompanhados (e até com filhos). “Às vezes acaba por ser difícil corresponder em todos os papéis que desempenhamos, o que levou a olhar para as nossas prioridades de outra forma muito rapidamente”, afirmou Marta Alegria que mostrou de seguida como o feedback sobre o trabalho remoto é constante.

“Ao início demos mais foco à adaptação, mas com o tempo fomos transitando para os temas que estão a emergir, nomeadamente o da saúde mental, que já não tem tantos tabus. Tenho a sensação de que houve um pico de perda de controlo das suas agendas e momentos, abdicando de tudo aquilo que era pessoal. Rapidamente começou-se a valorizar coisas como ter varanda em casa… um cheirinho de liberdade! No primeiro confinamento lançámos um artigo com dicas para “pessoas reais” – eu própria fiz um esforço para adaptar algumas, é uma mudança de hábitos.”, relatou.

Transição e mudança de consciência em trabalho remoto para evitares burnout e cuidares da tua saúde mental:

  • Sermos proativos como nos organizamos – individualmente ou com outras pessoas que vivam em nossa casa (se for o caso)
  • Flexibilidade de horários deixou de ser uma “coisa vazia”: entender como podemos gerir o nosso tempo em casa para trabalhar, ter refeições, fazer coisas que queremos (até porque o tempo que consideramos perdido pode ser um investimento pessoal) ou estar com filhos (se for o caso)
  • Cuidado para ter rotinas e cuidar de nós próprios ­­– investir em nós próprios ao fazer coisas como exercício físico, ter formações online, etc
  • Ter a noção de que está a crescer o conceito de work-life integration (integração do trabalho na nossa vida), minimizando o work-life balance (o equilíbrio entre o nosso trabalho e a nossa vida)

O futuro do trabalho? Remoto, físico ou híbrido?

Em casa ou no escritório, para equilibrar o trabalho remoto com a vida pessoal vamos ter de continuar a apostar nas relações de empatia e confiança. Para Paula Braz, “o foco será o bem-estar das pessoas” e para Marta Alegria “será a segurança dos colaboradores”.

Neste “delay constante”, “nesta incerteza da incerteza do quando vamos voltar ao novo normal ou a novo normal”, há duas palavras-chave para Marta Alegria:

  • Consciência – “de tudo o que nos rodeia, daquilo que precisamos, do que está a acontecer, do nosso papel, do nosso trabalho”
  • Disciplina – “para estabelecer rotinas, hábitos e boas práticas depois de nos conhecermos melhor”
  • Porquê estas duas palavras? Vivemos uma “crise comum”, mas cada um vive-a de forma diferente. “Há pessoas que precisam de silêncio, outras precisam de maior agitação por estarem mais sozinhas
  • “Não se trata só de equilíbrio, mas ver como um todo” – temos vários papéis e faces na nossa vida e temos de o gerir pois este momento de trabalho remoto está a dar lugar a muitos momentos de auto-conhecimento e auto-descoberta.

Em casa estamos menos regidos a um horário de trabalho fixo. A eventual implementação de um modelo de trabalho híbrido (remoto e digital) irá levar a uma nova redefinição de hábitos porque teremos pessoas em lugares diferentes ao mesmo tempo. Entretanto, há que acreditar na criação de um possível ambiente colaborativo assente em laços de confiança, compreensão e alguma afinidade para que existam todo o tipo de condições para voltar a existir conforto em estar presencialmente com as pessoas. Até lá, há que ouvir as pessoas e mantê-las em casa porque o mais imperativo é a segurança.

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